Modernização, conhecimento e afeto: uma alternativa para a Universidade Julio de Mesquita Filho

Salta aos olhos, no plano de gestão dos professores Sandro Valentini e Sergio Nobre à reitoria da Universidade Julio de Mesquita Filho, o cuidado com o texto, com a diagramação e com a forma sintética e lógica com que apresentam suas propostas. Convidam assim o leitor a se engajar com sua visão da universidade, seu diagnóstico dos problemas que enfrentamos e suas idéias para aproveitarmos todo o potencial que temos.

O professor Valentini tem uma atuação acadêmica vastíssima na área da microbiologia. Vejo com muito bons olhos que nosso reitor venha do campo das ciências aplicadas, na qual nossa universidade tem enorme projeção. E dá vontade de conhecer o professor Nobre, que estudou a história da matemática, tema fascinante, em Lipzig, estando portanto filiado às mais nobres (desculpe o trocadilho) linhagens acadêmicas.

O vínculo dos dois às ciências se traduz no programa que apresentam à nossa comunidade. A idéia de sustentabilidade e planejamento, presente ao longo da proposta, não é apenas uma resposta racional e necessária à crise financeira. Expressa a compreensão de que a universidade deve prover, por séculos, um lugar para o conhecimento.

Ao longo do plano, há inúmeras propostas que endosso com muito gosto, entre as quais destaco a busca da transparência e a desburocratização, a defesa da liberdade de expressão e a abertura para a colaboração, a discussão sobre evasão e a internacionalização, a flexibilização curricular e a valorização da autonomia do estudante. Muitas mesmo. Foi tanta identidade que o plano me tocou.

Mas o que me deixou especialmente contente foi a ênfase no conhecimento, termo que aparece em vários momentos da proposta, seja na parte referente ao ensino, à pesquisa ou à extensão, que aliás é muito bem analisada no texto. A universidade é um lugar para o conhecimento, para sua busca coletiva e prazeirosa. Em primeiríssimo lugar, é preciso resgatar este papel, o que os professores Valentini e Nobre se dispõem a fazer com sua candidatura.

Conhecendo os professores num debate, notei também sua profunda identidade com a cultura da instituição e pragmatismo no modo como pensam sobre os desafios adiante. No que diz respeito a propostas concretas, reforcei minha esperança de que a universidade se torne mais transparente para si mesma e para a comunidade do conhecimento, dando sentido à busca comum pelo conhecimento por nossos jovens, professores e apoiadores.

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