O documento abaixo não me representa no plano político.
No plano conceitual há vários enganos.
Destaco a depreciação de mecanismo democrático dos mais nobres, a pressão da opinião pública sobre os representantes eleitos.
Nota em defesa da democracia e da legalidade democrática.
(a ser votada amanhã, dia 28 de abril.)
A Congregação da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp de Marília (FFC), reunida no último dia 19 de abril, vem a público externar sua preocupação com os recentes acontecimentos políticos e com o cenário que se vislumbra de nossa frágil democracia. O processo de impeachment deflagrado pela Câmara dos Deputados, que teve seu ápice no dia 17 de abril, com a votação para continuidade do processo para impedimento da presidente Dilma Rousseff abre brechas a instabilidade e rupturas institucionais, como também, coloca em risco a credibilidade do regime político-eleitoral brasileiro.
Em que pese as diversas denúncias de corrupção que assolam o atual governo, condenáveis e que devem ser investigadas, além do lastimável cenário econômico, o preocupante índice de empregabilidade, entre outros, o processo atual de impedimento refere-se às denominadas “pedaladas fiscais”, que na realidade são manobras contábeis com intuito de mascarar/encobrir possíveis déficits orçamentários.
Por sua vez, tal prática aludida fora praticada em mandato anterior e é comumente utilizada por diversos mandatários do executivo sejam eles prefeitos, governadores e presidentes em exercícios anteriores, causando indignação o uso político claramente discriminatório. Assim, essa congregação considera inconsistente os argumentos levantados para o processo de impedimento da presidente e reitera que não há crime de responsabilidade e ou de lesa pátria cometida pela Sra. Dilma Rousseff!
Além disso, a espetacularização do processo de votação e o comportamento desprezível de grande maioria dos deputados demonstra o achaque a que está submetida nossa representação política, salientada inclusive pela imprensa internacional, que além de fazer críticas severas ao atual Congresso brasileiro, destacou a falta de argumentos sobre o processo em si e a dissimulação de nossos deputados federais.
A Congregação da FFC reitera que tal processo desencadeado é um atentado violento ao processo democrático com profundas consequências em nossa sociedade, desencadeado por figuras políticas abjetas com intuitos e objetivos questionáveis, sendo assim, o repudio do processo em curso caracteriza-se como defesa dos valores institucionais, legais e democráticos muito caros a nossa jovem democracia.
Faltou uma revisão por alguém cuja 1a, 2a, 3a, ou 4a língua seja o português, além de um certo cuidado com a lógica. “Em que pese as diversas denúncias de corrupção que assolam o atual governo, condenáveis e que devem ser investigadas…” é trecho especialmente atroz, mas em cada parágrafo tem um erro de concordância que muda o sentido das frases.
O pior de tudo é o óbvio – para os autores legítimo é só o poder do líder máximo, toda outra política é ilegítima, mesmo a dos representantes eleitos.
Tem o “manobras contábeis com intuito de mascarar/encobrir possíveis déficits orçamentários” como se mascarar frases e encobrir do congresso o descumprimento da lei fosse a coisa mais normal do mundo, vamos deixar barato esse trecho….
Mas você acha que eu devia me voluntariar a editar o manifesto pela contribuição módica de 100 dólares no câmbio de equilíbrio?